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Noite de São João

Historinha Noite de São João

Era uma vez, numa pequena vila aninhada entre montanhas verdejantes, uma menina chamada Mariana. Mariana amava as festas juninas mais do que qualquer outra coisa no mundo. E, de todas as festas juninas, a Noite de São João era a sua favorita.

Mariana adorava tudo na Noite de São João: o cheiro da fogueira crepitando, o sabor do milho assado, a alegria das quadrilhas, o colorido das bandeirinhas balançando ao vento e, acima de tudo, a magia que pairava no ar.

Na vila de Mariana, a Noite de São João era uma celebração grandiosa. Todos se reuniam na praça principal, enfeitada com bandeirinhas de todas as cores, para dançar, comer e se divertir. As crianças vestiam roupas caipiras, com remendos coloridos e chapéus de palha, e os adultos se juntavam à festa com a mesma alegria.

Este ano, a Noite de São João prometia ser ainda mais especial. Dona Aurora, a contadora de histórias da vila, havia prometido contar uma lenda antiga sobre a origem da festa. Mariana estava ansiosa para ouvir a história e descobrir os segredos da Noite de São João.

Quando a noite finalmente chegou, Mariana vestiu seu vestido caipira, enfeitado com fitas e flores, e correu para a praça. A fogueira já estava acesa, iluminando os rostos sorridentes das pessoas. O cheiro de pipoca e quentão pairava no ar, e a música da quadrilha convidava a todos para dançar.

Mariana encontrou seus amigos, João e Clara, e juntos eles foram procurar Dona Aurora. A contadora de histórias estava sentada em um banquinho, rodeada de crianças curiosas. Quando Mariana e seus amigos se aproximaram, Dona Aurora sorriu e começou a contar a lenda da Noite de São João.

“Há muitos e muitos anos”, começou Dona Aurora, “quando o mundo ainda era jovem e as estrelas brilhavam com mais intensidade, uma jovem chamada Isabel estava grávida de seu primeiro filho. Isabel morava nas montanhas, em uma casa simples, e esperava ansiosamente a chegada do bebê.”

“Como era costume na época, Isabel precisava avisar sua prima, Maria, que morava em uma vila distante, sobre o nascimento do bebê. Mas como as montanhas eram altas e os caminhos eram longos, Isabel precisava de um sinal que pudesse ser visto de longe.”

“Então, Isabel pediu a seu marido, Zacarias, que acendesse uma grande fogueira no topo da montanha quando o bebê nascesse. Assim, Maria saberia que o bebê havia chegado e poderia ir visitá-la.”

“E assim aconteceu. Quando o bebê nasceu, Zacarias acendeu uma grande fogueira no topo da montanha. A fogueira era tão grande e brilhante que podia ser vista de todas as partes da vila. Maria viu o sinal e soube que Isabel havia dado à luz um menino, que foi chamado de João Batista.”

“Desde então, as pessoas acendem fogueiras na Noite de São João para lembrar o nascimento de São João Batista e o sinal que Isabel enviou a Maria. As fogueiras simbolizam a luz, a esperança e a alegria da vida.”

Mariana, João e Clara ouviram a história com atenção, maravilhados com a beleza da lenda. Eles entenderam por que a Noite de São João era tão especial e por que as pessoas acendiam fogueiras, dançavam quadrilhas e se reuniam para celebrar.

Depois da história, Mariana e seus amigos foram dançar quadrilha. Eles se juntaram aos outros casais e seguiram os passos da dança, guiados pelo marcador. Eles riram, cantaram e se divertiram muito.

Mais tarde, eles comeram milho assado, pipoca e quentão. Eles brincaram de pescaria, jogaram argolas e tentaram acertar o alvo na boca do palhaço. Eles ganharam brindes, prêmios e muitos sorrisos.

Quando a noite chegou ao fim, Mariana se despediu de seus amigos e voltou para casa. Ela estava cansada, mas feliz. Ela havia aprendido uma lição importante sobre a história e as tradições de sua vila.

Ao deitar na cama, Mariana olhou pela janela e viu a fogueira ainda crepitando na praça. Ela sorriu, lembrando da lenda de Isabel e Zacarias e do nascimento de São João Batista. Ela sabia que a Noite de São João era muito mais do que uma festa: era uma celebração da vida, da fé e da comunidade.

E, enquanto dormia, Mariana sonhou com fogueiras brilhantes, bandeirinhas coloridas e quadrilhas animadas. Ela sonhou com a magia da Noite de São João e com a alegria de celebrar as tradições de sua vila. Ela sabia que, no próximo ano, estaria de volta à praça, dançando, cantando e se divertindo na Noite de São João. Porque, para Mariana, a Noite de São João era a noite mais mágica do ano.

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historinha

Criador de historia infantil, adoro criar historinhas e também sou uma amante da literatura.

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