Era uma vez, numa terra ensolarada e fértil, um fazendeiro bondoso chamado Joaquim. Joaquim amava a terra e passava seus dias cuidando de seu campo de trigo com muito carinho. Ele semeava as sementes, regava a terra e se alegrava ao ver as plantinhas verdes brotando e crescendo em direção ao céu.
O trigo de Joaquim era conhecido por toda a região. Era forte, dourado e dava um pão delicioso que alimentava muitas famílias. Joaquim se sentia feliz e realizado por poder ajudar as pessoas com o fruto de seu trabalho.
Mas, uma noite, enquanto Joaquim dormia, um homem invejoso e malicioso chamado Teodoro invadiu o campo de trigo. Teodoro não gostava de Joaquim e sentia ciúmes de seu sucesso. Então, ele decidiu estragar o trabalho de Joaquim semeando sementes de joio no meio do trigo.
O joio era uma planta daninha muito parecida com o trigo quando estava crescendo. Era difícil distinguir uma da outra no começo. Teodoro sabia que Joaquim teria dificuldades em separar o joio do trigo e que isso prejudicaria a colheita.
Na manhã seguinte, Joaquim acordou e foi para o campo, como de costume. Ele ficou horrorizado ao ver que havia muitas plantas estranhas misturadas ao trigo. Joaquim não sabia o que era aquilo e ficou muito preocupado.
Ele chamou seus servos, Elias e Sara, e mostrou as plantas estranhas. Elias era um servo experiente e conhecedor das plantas. Ele examinou cuidadosamente as plantas e disse: “Senhor, isso é joio. Alguém semeou joio no meio do seu trigo.”
Joaquim ficou furioso. “Quem faria uma coisa dessas?”, ele perguntou, indignado.
Sara, que era uma serva sábia e calma, respondeu: “Senhor, não importa quem fez isso. O importante agora é descobrir o que fazer.”
Joaquim perguntou a Elias: “O que devemos fazer, Elias? Devemos arrancar o joio?”
Elias pensou por um momento e disse: “Senhor, se arrancarmos o joio agora, corremos o risco de arrancar também o trigo. As raízes das duas plantas estão entrelaçadas e podemos acabar prejudicando a colheita. É melhor esperar até a época da colheita e, então, separar o joio do trigo.”
Joaquim confiou na sabedoria de Elias e decidiu seguir seu conselho. Ele ordenou que seus servos continuassem cuidando do campo, regando e protegendo tanto o trigo quanto o joio.
Com o passar dos meses, o trigo e o joio cresceram juntos no campo. Era cada vez mais difícil distinguir um do outro. As pessoas que passavam pelo campo comentavam: “Que estranho! O campo de Joaquim está cheio de joio. Será que ele vai conseguir colher alguma coisa boa?”
Joaquim ouvia os comentários, mas não se deixava abater. Ele confiava que, no tempo certo, seria capaz de separar o joio do trigo e que a colheita seria boa.
Finalmente, chegou a época da colheita. Joaquim reuniu seus servos e disse: “Agora é hora de separar o joio do trigo. Tenham cuidado e façam um bom trabalho.”
Elias e Sara lideraram os servos na colheita. Eles cortavam as plantas com cuidado e separavam o trigo do joio. O trigo era colocado em cestos e o joio era amarrado em feixes.
Depois de colher todo o campo, Joaquim ordenou que o joio fosse queimado. O trigo, porém, foi levado para o celeiro, onde seria armazenado para alimentar as pessoas durante o inverno.
Quando Teodoro viu o joio sendo queimado e o trigo sendo levado para o celeiro, ficou furioso e envergonhado. Ele percebeu que sua maldade não havia adiantado nada e que Joaquim havia conseguido superar sua inveja.
Joaquim, por sua vez, ficou feliz com o resultado da colheita. Ele havia perdido um pouco de trigo por causa do joio, mas, no final, conseguiu colher o suficiente para alimentar sua família e as pessoas da região.
Joaquim aprendeu uma lição importante com essa experiência. Ele aprendeu que o bem e o mal podem crescer juntos no mundo, mas que, no final, o bem sempre prevalece. Ele também aprendeu a ter paciência e a confiar que, no tempo certo, a justiça será feita. E, acima de tudo, Joaquim ensinou a todos que a inveja e a maldade nunca trazem felicidade, mas sim sofrimento e vergonha.
E assim, Joaquim continuou cuidando de seu campo de trigo, semeando o bem e esperando com paciência a colheita, sabendo que, no final, o trigo sempre superaria o joio.
