
No reino de Alegreterra, vivia um rei muito bondoso chamado Rei Benício. Rei Benício amava seu povo e sempre procurava maneiras de fazê-los felizes. Um dia, ele decidiu dar um grande banquete para celebrar a colheita farta e agradecer a todos por seu trabalho árduo.
Rei Benício enviou mensageiros por todo o reino, convidando as pessoas mais importantes, os nobres e os amigos próximos para o grande banquete. Os mensageiros entregaram os convites em pergaminhos dourados, selados com o brasão real. Cada convite dizia: “Venham celebrar conosco no grande banquete! Haverá comida deliciosa, música alegre e muita diversão!”.
O dia do banquete chegou, e o salão do castelo estava lindamente decorado com flores coloridas, fitas brilhantes e luzes cintilantes. Os cozinheiros prepararam pratos deliciosos, com carnes assadas, frutas frescas, pães macios e doces saborosos. Os músicos afinaram seus instrumentos, prontos para tocar músicas alegres e animadas.
Rei Benício estava radiante, esperando ansiosamente a chegada dos convidados. Mas, para sua grande surpresa, ninguém apareceu. Ele esperou, esperou e esperou, mas o salão do banquete continuou vazio.
Preocupado, Rei Benício chamou seus mensageiros e perguntou: “Por que ninguém veio ao banquete? Vocês entregaram os convites corretamente?”.
Os mensageiros responderam: “Sim, Majestade, entregamos todos os convites pessoalmente. Mas, quando fomos buscar os convidados, eles deram desculpas para não vir.”
O primeiro mensageiro contou: “Fui à casa do Duque Ricardo, mas ele disse que estava muito ocupado cuidando de seus negócios e não tinha tempo para um banquete.”
O segundo mensageiro disse: “Fui à casa da Condessa Adelaide, mas ela disse que estava muito ocupada experimentando um novo vestido e não queria perder tempo com festas.”
O terceiro mensageiro relatou: “Fui à casa do Barão Teodoro, mas ele disse que estava muito ocupado inspecionando suas novas terras e não podia comparecer ao banquete.”
Rei Benício ficou muito triste e desapontado. Ele havia preparado tudo com tanto carinho, mas ninguém se importou em comparecer. Ele se sentiu rejeitado e incompreendido.
Mas, então, ele teve uma ideia. “Se os convidados importantes não querem vir ao meu banquete, convidarei outras pessoas!”, disse Rei Benício com determinação. “Mensageiros, vão agora mesmo às ruas e chamem todos os pobres, os doentes, os famintos e os necessitados para o meu banquete. Digam a eles que há comida e alegria para todos!”.
Os mensageiros obedeceram prontamente e correram pelas ruas da cidade, convidando todos os que encontrassem. Logo, o salão do castelo começou a se encher de pessoas humildes e necessitadas. Havia mendigos com roupas rasgadas, doentes em cadeiras de rodas, órfãos famintos e viúvas tristes.
Rei Benício recebeu a todos com um sorriso radiante. Ele os conduziu às mesas cheias de comida deliciosa e os incentivou a comer à vontade. Os músicos começaram a tocar músicas alegres, e as pessoas começaram a dançar e cantar juntas.
O salão do banquete se encheu de alegria e gratidão. As pessoas pobres e necessitadas nunca haviam experimentado tanta fartura e felicidade em suas vidas. Eles se sentiam amados e valorizados por Rei Benício.
Rei Benício também estava muito feliz. Ele percebeu que a verdadeira alegria não estava em agradar aos ricos e poderosos, mas em ajudar os necessitados e compartilhar o amor com todos. Ele aprendeu que a bondade e a generosidade são recompensadas com a felicidade verdadeira.
Enquanto isso, os nobres e amigos próximos do rei, que haviam recusado o convite, ficaram sabendo da alegria e da fartura no banquete. Arrependidos, eles decidiram ir ao castelo, esperando serem perdoados e admitidos na festa.
Mas, quando chegaram ao salão do banquete, Rei Benício os recebeu com um olhar sério. “Vocês foram convidados para o meu banquete, mas deram desculpas para não vir. Vocês preferiram seus negócios, seus vestidos e suas terras à minha companhia e à alegria de compartilhar com os outros. Agora, o banquete está cheio de pessoas que valorizam o amor e a bondade. Não há mais lugar para vocês aqui.”, disse Rei Benício.
Os nobres e amigos próximos do rei ficaram envergonhados e tristes. Eles perceberam que haviam perdido uma grande oportunidade de experimentar a verdadeira felicidade. Eles aprenderam que o egoísmo e a ganância os haviam impedido de desfrutar da alegria de compartilhar e amar o próximo.
E assim, Rei Benício continuou a reinar com sabedoria e bondade, sempre lembrando a todos que o verdadeiro valor está no amor, na generosidade e na compaixão. E o reino de Alegreterra se tornou um lugar de paz, harmonia e felicidade, onde todos eram bem-vindos e valorizados.