Era uma vez, numa terra de campos floridos e rios de água cristalina, uma menininha não maior que um polegar, a quem chamavam Polegarzinha. Ela vivia com sua mãe, uma mulher bondosa que sempre cuidava do jardim com carinho. Polegarzinha adorava explorar o mundo ao seu redor, mas sua pequena estatura a impedia de ir muito longe. Ela sonhava em ver as montanhas azuis que se erguiam no horizonte e desvendar os segredos do rio que serpenteava pela planície.
Um dia, enquanto dormia em sua cama de pétalas de rosa, Polegarzinha foi levada por uma rã gigante, que a achou linda e a queria como esposa para seu filho. Desesperada, Polegarzinha chorou e implorou para não ser levada, mas a rã era surda aos seus apelos. Ela foi carregada até o meio do rio, onde vivia a família da rã.
Polegarzinha não sabia o que fazer. A ideia de viver com as rãs a apavorava, e ela sentia muita saudade de sua mãe. Enquanto pensava em um plano, foi avistada por um cardume de peixinhos curiosos. Eles se aproximaram e, ao saberem de sua história, decidiram ajudá-la.
“Não se preocupe, Polegarzinha,” disse o menor dos peixes, “nós vamos te libertar!”
E assim, os peixinhos começaram a roer as folhas de nenúfar que prendiam a pequena cama de Polegarzinha. Com paciência e persistência, eles conseguiram soltá-la, e a cama de pétalas de rosa começou a flutuar rio abaixo.
Polegarzinha agradeceu aos peixinhos com um sorriso e acenou enquanto se distanciava. A correnteza a levou por paisagens deslumbrantes, onde flores coloridas se curvavam para saudá-la e borboletas dançavam ao seu redor.
A aventura de Polegarzinha continuou quando sua cama de pétalas de rosa encalhou na margem do rio. Cansada e faminta, ela foi encontrada por uma ratinha gentil, que se compadeceu de sua situação e a convidou para morar em sua toca.
Polegarzinha aceitou o convite e passou a viver com a ratinha, ajudando-a nas tarefas domésticas e cuidando de sua casa. A ratinha a tratava como uma filha, e Polegarzinha se sentia segura e amada.
No entanto, a ratinha tinha outros planos para Polegarzinha. Ela queria que Polegarzinha se casasse com seu vizinho, um velho e rico Senhor Toupeira. Polegarzinha não queria se casar com o Senhor Toupeira, pois ele era frio e distante, e ela não sentia amor por ele.
Desesperada, Polegarzinha decidiu fugir. Ela sabia que não poderia viver uma vida infeliz ao lado do Senhor Toupeira. Com a ajuda de uma andorinha que havia salvado do frio, Polegarzinha escapou da toca da ratinha e voou para longe, em busca de um lugar onde pudesse ser feliz.
A andorinha a levou para um país distante, onde o sol brilhava intensamente e as flores cresciam em abundância. Lá, Polegarzinha encontrou um príncipe encantado, tão pequeno quanto ela, que governava o reino das flores.
O príncipe se apaixonou por Polegarzinha à primeira vista e a pediu em casamento. Polegarzinha aceitou o pedido com alegria, pois também sentia um grande amor por ele. Eles se casaram em uma cerimônia linda e emocionante, cercados por flores e canções de pássaros.
Polegarzinha se tornou a rainha do reino das flores, e governou com sabedoria e bondade, sempre se lembrando de suas origens humildes e de todas as pessoas que a ajudaram em sua jornada. Ela nunca se esqueceu de sua mãe, e sempre mandava mensagens de amor e saudade através da andorinha.
E assim, Polegarzinha viveu feliz para sempre, ao lado de seu príncipe encantado, governando o reino das flores com amor e sabedoria, e lembrando a todos que, mesmo sendo pequenos, podemos realizar grandes feitos e encontrar a felicidade em qualquer lugar do mundo. Sua aventura no rio encantado a ensinou que a coragem, a bondade e a esperança são as chaves para superar os desafios e alcançar os nossos sonhos, não importa o quão pequenos sejamos.
