Era uma vez uma coelhinha chamada Lili, que vivia na Vila Cenourinha, um lugar escondido entre as montanhas e cheio de flores coloridas. Lá, todos os animais se preparavam para a Páscoa com alegria, pintando ovos, fazendo cestas de chocolate e espalhando amor por toda parte.
Lili era a coelha mais curiosa da vila. Ela adorava investigar coisas estranhas, e naquele ano, algo muito misterioso aconteceu: os ovos coloridos começaram a desaparecer das cestas durante a noite!
— Isso é impossível! — exclamou Lili, vendo sua cesta vazia ao acordar.
Ela correu até a pracinha, onde encontrou seus amigos: Tico, o esquilo veloz; Belinha, a borboleta brilhante; e Max, o porquinho sonhador.
— Meus ovos também sumiram! — disse Tico.
— Os meus voaram! — contou Belinha.
— Eu acho que foram levados por fantasmas da floresta… — murmurou Max, tremendo um pouquinho.
Lili franziu o nariz e disse com determinação:
— Não vamos deixar a Páscoa desaparecer! Vamos descobrir o que está acontecendo!
Assim, os quatro amigos decidiram montar um plano. Naquela noite, eles se esconderam entre as flores do jardim, de olho nas cestas. De repente, algo mágico aconteceu…
Uma luz dourada brilhou entre as árvores, e um grupo de pequenos coelhos brilhantes surgiu saltitando. Eles usavam óculos redondos e tinham mochilas cheias de purpurina.
— Quem são eles? — sussurrou Tico.
— Shhh… Vamos seguir — respondeu Lili.
Os coelhinhos brilhantes caminharam até as cestas, tocaram os ovos com as patinhas, e… PUF! Os ovos desapareceram!
— Eles estão roubando?! — gritou Max, pulando de trás do arbusto.
Os coelhinhos levaram um susto tão grande que deixaram cair uma das mochilas. De dentro dela saiu um bilhete:
“Missão Secreta do Coelho Mestre: recolher ovos especiais para serem encantados com alegria, amizade e esperança.”
— Espera! — exclamou Lili. — Eles não estão roubando… Eles estão preparando uma surpresa!
Naquele momento, um dos coelhinhos se aproximou. Ele se chamava Pimpo e explicou:
— Desculpem se assustamos vocês. Somos aprendizes do Coelho Mestre. Estamos recolhendo os ovos para encantá-los com a magia da Páscoa verdadeira.
— Mas por que em segredo? — perguntou Belinha, curiosa.
— Porque a verdadeira magia acontece quando ninguém está olhando — respondeu Pimpo, com um sorriso.
Lili e seus amigos ficaram encantados. Eles ajudaram os coelhinhos a levar os ovos até a Toca do Coelho Mestre, uma caverna cheia de luzes coloridas e canções doces.
Lá, os ovos foram mergulhados em fontes de alegria, amizade, esperança e generosidade. Cada um saía brilhando com uma nova cor, pronta para ser entregue a alguma criança do mundo.
Na manhã de Páscoa, toda a Vila Cenourinha acordou com cestas cheias novamente — mas agora, os ovos tinham um brilho especial, e quando abertos, espalhavam cheiros de flores, risos e lembranças felizes.
O Coelho Mestre apareceu naquela manhã, com seu chapéu alto e um laço dourado no pescoço. Ele parabenizou Lili e seus amigos pela coragem e pelo coração bondoso.
— A verdadeira Páscoa — disse ele — não está nos ovos ou nos chocolates. Está nos gestos que fazemos uns pelos outros. E vocês mostraram isso muito bem.
Desde então, Lili virou a “Detetive da Alegria”, e seus amigos foram nomeados Guardiões da Páscoa. Todos os anos, eles ajudam a espalhar magia, não só com ovos coloridos, mas com amor, amizade e muitas risadas.
E é por isso que, se algum dia você encontrar um ovo de Páscoa com um brilho especial… pode apostar: foi Lili e sua turma que ajudaram a encantá-lo!
Feliz Páscoa!
