
Laura era uma menina de seis anos com a imaginação tão vasta quanto o céu estrelado. Seus cabelos cor de mel emolduravam um rosto iluminado por olhos curiosos, que brilhavam com a promessa de novas descobertas. Ela morava com sua avó, Dona Clara, em uma casinha aconchegante rodeada por um jardim que mais parecia um paraíso, com flores de todas as cores e aromas. A vida de Laura era repleta de brincadeiras, histórias e o amor incondicional da avó, sua melhor amiga e companheira de todas as horas.
Um dia, enquanto regavam as margaridas, Dona Clara contou a Laura que em breve começaria a frequentar a escolinha. Os olhinhos de Laura se arregalaram, misturando curiosidade e um leve receio. Ela nunca havia se separado da avó por tanto tempo, e a ideia de um lugar desconhecido, cheio de crianças e atividades diferentes, a deixava um pouco insegura.
Nas semanas que antecederam o grande dia, Laura bombardeou Dona Clara com perguntas sobre a escolinha. Como seria? Haveria outros jardins? As crianças seriam legais? Dona Clara, com sua paciência infinita, respondia a todas as perguntas com carinho, pintando um quadro da escolinha como um lugar mágico, onde ela aprenderia coisas incríveis, faria amigos para a vida toda e se divertiria muito.
Finalmente, o dia tão esperado chegou. Laura acordou com o coração um pouco acelerado. Dona Clara preparou um café da manhã especial, com panquecas em formato de coração e um suco de frutas colorido. Enquanto comia, Laura mal conseguia conter a ansiedade.
Após o café, Dona Clara ajudou Laura a se arrumar. Ela vestiu um vestido florido, penteou seus cabelos cor de mel e colocou um laço rosa. Laura se olhou no espelho e sorriu. Ela estava pronta para enfrentar a escolinha!
De mãos dadas, Laura e Dona Clara caminharam até a escolinha. No caminho, Dona Clara contou histórias engraçadas e cantou canções alegres, tentando acalmar o nervosismo de Laura.
Ao chegarem à escolinha, Laura se sentiu um pouco intimidada. Havia muitas crianças correndo, gritando e brincando. O barulho era ensurdecedor, e a atmosfera, um pouco caótica. Laura apertou a mão de Dona Clara com mais força, sentindo um aperto no coração.
Uma senhora gentil com um sorriso acolhedor se aproximou delas. Era a professora, Tia Sofia, que se apresentou e convidou Laura para entrar.
“Seja bem-vinda, Laura! Estamos muito felizes em te receber na nossa turminha. Venha conhecer seus novos amigos!”, disse Tia Sofia, com sua voz suave e reconfortante.
Laura hesitou por um momento, mas Dona Clara a encorajou com um beijo e um abraço apertado. Laura respirou fundo e seguiu Tia Sofia para dentro da sala.
No começo, Laura se sentiu um pouco deslocada. Ela observava as outras crianças brincando, mas não se sentia à vontade para se juntar a elas. A saudade da avó apertava seu coração.
Tia Sofia percebeu a timidez de Laura e se aproximou dela, convidando-a para participar de uma atividade especial: a criação de um mundo imaginário. Tia Sofia explicou que elas usariam caixas de papelão, tintas, tecidos e outros materiais para construir um lugar mágico, onde poderiam viver aventuras incríveis.
Os olhinhos de Laura se iluminaram. Ela sempre adorou criar mundos imaginários em sua mente, e a ideia de construir um de verdade a empolgou. Juntamente com Tia Sofia e outras crianças, Laura começou a transformar as caixas de papelão em castelos, florestas encantadas e rios de chocolate.
Enquanto construíam o mundo imaginário, Laura conheceu outras crianças, como o Pedro, um menino curioso que adorava inventar histórias, e a Ana, uma menina talentosa que pintava quadros incríveis. Laura logo percebeu que, apesar de serem diferentes, todas as crianças tinham algo em comum: a vontade de brincar, aprender e se divertir.
No final do dia, Laura se despediu dos novos amigos com um abraço apertado. Ela estava ansiosa para contar para Dona Clara tudo o que tinha vivido na escolinha.
Ao chegar em casa, Laura correu para os braços da avó e começou a relatar sua aventura. Ela falou sobre Tia Sofia, sobre Pedro, sobre Ana, sobre o mundo imaginário e sobre todas as coisas novas que havia aprendido.
Dona Clara ouviu tudo com atenção e um sorriso orgulhoso no rosto. Ela sabia que Laura havia superado seu medo e descoberto um mundo de possibilidades na escolinha.
Naquela noite, antes de dormir, Laura agradeceu a Dona Clara por ter acreditado nela e por tê-la incentivado a enfrentar seus medos. Ela sabia que, com o amor e o apoio da avó, seria capaz de superar qualquer desafio e de realizar todos os seus sonhos.
E assim, a escolinha se tornou o lugar favorito de Laura. Lá, ela aprendeu, cresceu, fez amigos e descobriu o poder da sua imaginação, transformando cada dia em uma aventura inesquecível. E tudo começou com um pequeno passo de coragem e a certeza de que, com amor e fé, não há limites para o que podemos alcançar.