Era uma vez, em uma terra ensolarada e poeirenta, vivia um homem bondoso chamado Abraão. Abraão era muito, muito velho, com uma barba branca longa e um sorriso gentil. Ele amava cuidar de suas ovelhas e conversar com sua esposa, Sara, sob as estrelas cintilantes.
Um dia, enquanto Abraão descansava sob a sombra de um carvalho, ele teve uma visita muito especial. Era Deus, que brilhava como o sol da manhã. Deus era o melhor amigo de Abraão, e Abraão sempre ficava muito feliz em vê-Lo.
“Abraão, meu amigo,” disse Deus com uma voz suave como a brisa. “Tenho um grande plano para você e Sara. Vocês terão um filho!”
Abraão arregalou os olhos, surpreso. “Um filho? Mas, Deus, somos muito velhos! Sara tem quase a idade de uma montanha!”
Deus sorriu, um sorriso que iluminou toda a terra. “Para Deus, nada é impossível, Abraão. Confie em Mim.”
Abraão confiava em Deus com todo o seu coração, então ele sorriu de volta. “Eu confio, Deus. Sempre confiei.”
Então, Deus disse algo que deixou Abraão preocupado. “Abraão, estou muito triste. As pessoas da cidade de Sodoma são muito más. Elas não são gentis umas com as outras, não dividem sua comida e não ajudam quem precisa. Eu preciso impedir que a maldade se espalhe, então, talvez, terei que destruir a cidade.”
Abraão ficou muito triste ao ouvir isso. Ele sabia que Sodoma era uma cidade grande, com muitas pessoas vivendo lá. Ele pensou em todas as crianças, os velhinhos e as pessoas boas que poderiam estar morando em Sodoma.
Abraão, sendo um homem muito justo e bondoso, teve uma ideia. Ele sabia que precisava conversar com Deus sobre isso.
“Deus,” disse Abraão, aproximando-se um pouco. “Sei que as pessoas de Sodoma são más, mas e se houver algumas pessoas boas lá? E se houver cinquenta pessoas boas na cidade? O Senhor ainda destruiria a cidade inteira?”
Deus pensou por um momento. “Se houver cinquenta pessoas boas em Sodoma, Eu não destruirei a cidade por causa delas.”
Abraão sorriu um pouco, mas ainda estava preocupado. “E se não houver cinquenta, Deus? E se houver apenas quarenta e cinco pessoas boas?”
Deus respondeu com paciência: “Se houver quarenta e cinco pessoas boas, Eu não destruirei a cidade.”
Abraão continuou a perguntar, cada vez com um número menor. “E se houver quarenta? E se houver trinta? E se houver vinte? E se houver apenas dez pessoas boas em Sodoma?”
Deus, que era sempre gentil e compreensivo, respondeu a cada pergunta de Abraão. “Se houver dez pessoas boas em Sodoma, Eu não destruirei a cidade por causa delas.”
Abraão suspirou, um pouco mais aliviado. Ele esperava que houvesse pelo menos dez pessoas boas em Sodoma. Ele sabia que Deus era justo e que faria o que era certo.
Depois dessa conversa importante, Deus se despediu de Abraão e prometeu que voltaria em breve. Abraão ficou pensando em Sodoma e esperava que as pessoas daquela cidade pudessem aprender a ser mais gentis e boas umas com as outras.
Algum tempo depois, dois anjos, que eram mensageiros de Deus, foram até Sodoma para ver como as pessoas estavam vivendo. Eles encontraram um homem bom chamado Ló, que era sobrinho de Abraão. Ló era uma pessoa justa e sempre tentava ajudar os outros.
Ló convidou os anjos para ficarem em sua casa e os protegeu das pessoas más de Sodoma. Os anjos disseram a Ló que ele precisava pegar sua família e sair da cidade imediatamente, pois Deus iria destruir Sodoma.
Ló avisou sua esposa e suas filhas, e eles fugiram da cidade o mais rápido que puderam. Mas, infelizmente, a esposa de Ló olhou para trás, para Sodoma, e se transformou em uma estátua de sal.
Ló e suas filhas escaparam e foram para uma montanha segura. Deus enviou fogo e enxofre sobre Sodoma, e a cidade foi destruída.
Abraão ficou muito triste ao saber o que aconteceu com Sodoma, mas ele também ficou aliviado por Ló e suas filhas terem escapado. Ele sabia que Deus sempre faz o que é certo, mesmo quando é difícil de entender.
E assim, Abraão continuou a confiar em Deus, sabendo que Deus sempre o amava e cuidava dele. E Sara, como Deus havia prometido, teve um filho chamado Isaque, e eles viveram felizes para sempre, aprendendo todos os dias sobre a bondade e a justiça de Deus. A história de Abraão e Deus nos ensina que devemos sempre confiar em Deus, mesmo quando as coisas parecem difíceis, e que devemos sempre nos esforçar para ser gentis e bons uns com os outros. E, acima de tudo, nos ensina a importância de conversar com Deus, pois Ele sempre está disposto a nos ouvir e nos guiar.
