Era uma vez, em uma floresta encantada, uma bruxa chamada Zora. Diferente das bruxas das histórias de terror, Zora tinha um coração bondoso. Ela vivia em uma casinha charmosa feita de galhos, flores e folhas, bem no meio da floresta. Sua companhia eram animais falantes, que sempre lhe faziam visitas, e o som suave do vento soprando nas árvores. Zora passava seus dias ajudando os moradores do vilarejo próximo, preparando remédios, chás e doces mágicos que traziam felicidade e saúde para todos.
Ao contrário de outras bruxas, Zora usava sua mágica para espalhar bondade. Seu caldeirão nunca borbulhava com poções assustadoras, mas sim com bolhas coloridas de alegria, que ela espalhava pelo ar, encantando as crianças que vinham até a sua casa. No vilarejo, todos a conheciam como “a bruxa da floresta”, e embora alguns ainda tivessem receio de suas magias, aqueles que conheciam Zora sabiam que ela nunca faria mal a ninguém.
Certa manhã ensolarada, enquanto colhia flores brilhantes e folhas para uma nova receita mágica, Zora ouviu um choro vindo de perto. Curiosa, ela seguiu o som até encontrar uma menina pequena sentada em uma pedra, com lágrimas escorrendo pelo rosto. A menina, com seus cabelos castanhos e olhos brilhantes, olhou para Zora com um misto de medo e esperança.
“Olá, pequena. Por que você está chorando?” Zora perguntou com sua voz suave.
A menina enxugou os olhos e respondeu: “Eu me perdi da minha mãe na floresta… não sei como voltar para casa.”
Zora sorriu gentilmente. “Não se preocupe, eu vou te ajudar a encontrar sua mãe. Meu nome é Zora, e prometo que você estará segura comigo.”
A menina hesitou por um momento, mas o sorriso acolhedor de Zora fez com que ela confiasse. “Eu me chamo Lia”, disse baixinho, segurando a mão da bruxa.
Juntas, começaram a caminhada pela floresta. Zora usou sua mágica para criar um caminho iluminado por pequenas estrelas flutuantes que brilhavam em tons de azul e dourado, guiando-as pela floresta escura. Enquanto caminhavam, Lia olhava maravilhada para a magia, esquecendo-se de seu medo. As árvores, antes assustadoras, pareciam dançar suavemente ao som do vento, e pequenos animais os seguiam pelo caminho, como se também quisessem ajudar.
“Você sempre viveu aqui, na floresta?”, perguntou Lia, curiosa.
Zora sorriu. “Sim, desde que me lembro. A floresta é meu lar, e eu cuido dela tanto quanto ela cuida de mim. Os animais são meus amigos, e as plantas me ensinam segredos que ninguém mais sabe.”
Lia olhou para uma borboleta que pousou em seu ombro e sorriu. “Você faz muita mágica, Zora?”
“Faço, mas minha mágica é especial. Não uso para coisas ruins. Uso para curar, para trazer felicidade e para proteger as pessoas que eu amo. A magia é como qualquer ferramenta: tudo depende de como você a usa.”
Enquanto caminhavam, passaram por riachos cintilantes, flores que cantavam melodias suaves, e até um grupo de coelhos que ofereceu cenouras a Lia. A menina ria, encantada com tudo ao seu redor. Logo, começaram a ouvir uma voz distante chamando: “Lia! Lia, onde você está?”
Era a mãe da menina, que estava à beira das lágrimas, procurando por ela desesperadamente. Ao ver sua mãe, Lia correu em sua direção, gritando de felicidade.
“Eu achei a mamãe!” exclamou Lia, abraçando-a com força.
A mãe de Lia, ainda surpresa por ver a filha ilesa, olhou para Zora com olhos agradecidos, mas um pouco cautelosos. “Você é a bruxa da floresta?”, perguntou.
Zora assentiu, ainda com seu sorriso gentil. “Sou sim, mas não tenha medo. Só ajudei Lia a encontrar o caminho de volta.”
A mãe, percebendo que Zora não era como as histórias assustadoras que ouviu, suspirou de alívio e sorriu. “Muito obrigada. Sempre ouvi dizer que as bruxas eram perigosas, mas você provou o contrário. Eu nunca poderei te agradecer o suficiente por cuidar da minha filha.”
Zora acenou com a mão. “Não precisa me agradecer. A felicidade de vocês é o suficiente para mim. Lembrem-se sempre: nem tudo que é diferente é ruim. Às vezes, basta conhecer o que não entendemos para descobrir algo maravilhoso.”
Antes de ir embora, Zora agitou levemente sua varinha, e uma chuva de pétalas coloridas caiu suavemente sobre Lia e sua mãe. “Essas pétalas vão guiá-las de volta ao vilarejo. Sempre que precisarem de ajuda, podem me procurar. A floresta é minha casa, mas está aberta para todos que venham em paz.”
E assim, Zora se despediu de Lia e sua mãe, retornando à sua casinha na floresta. A partir daquele dia, as pessoas do vilarejo passaram a ver Zora de uma maneira diferente. Sempre que alguém precisava de ajuda, sabiam que podiam contar com a bondade da Bruxa Boa.
Zora continuou a viver na floresta, espalhando sua magia gentil e fazendo amigos pelo caminho. E Lia, sempre que visitava a floresta, levava flores e doces para a amiga que a ajudou no momento de maior necessidade.
E assim, a bondade de Zora fez com que todos aprendessem que o verdadeiro poder não estava na magia, mas no coração de quem a usava.
Meu neném dormiu antes mesmo do fim da história❤️🥺
Amei a historinha ❤️🤗