A Parábola da ovelha perdida

Era uma vez, numa terra ensolarada e verdejante, um bom pastor chamado Elias. Elias amava suas ovelhas mais do que qualquer coisa no mundo. Ele as conhecia pelo nome, sabia qual gostava de grama doce e qual preferia se esconder à sombra das árvores durante o calor do dia.

Todos os dias, Elias levava seu rebanho para pastar em campos exuberantes, onde a grama era macia e os riachos cristalinos corriam. Ele as protegia de lobos famintos e de precipícios perigosos. Elias era um pastor cuidadoso e atencioso, e suas ovelhas confiavam nele de todo o coração.

Elias tinha cem ovelhas. Cem ovelhas macias e felpudas que o seguiam para onde ele ia. Cada uma delas era especial para ele, e ele se orgulhava de cuidar de todas elas com amor e dedicação.

Um dia, enquanto o sol começava a se pôr, Elias começou a contar suas ovelhas para levá-las de volta ao curral, onde estariam seguras e aquecidas durante a noite. Ele contou uma a uma, até chegar a noventa e nove. Mas… espera! Cadê a centésima ovelha?

Elias franziu a testa, preocupado. Ele contou e recontou, mas a ovelha perdida não aparecia. O coração de Elias se encheu de angústia. Ele não podia simplesmente deixar uma de suas ovelhas para trás, perdida e sozinha na escuridão.

Sem hesitar, Elias tomou uma decisão. Ele deixou as noventa e nove ovelhas seguras no curral, sob os cuidados de seus fiéis cães pastores, e partiu em busca da ovelha perdida. Ele sabia que seria perigoso, pois a noite trazia consigo predadores e caminhos traiçoeiros, mas a segurança de sua ovelha era mais importante do que qualquer risco.

Elias caminhou por vales escuros e montanhas íngremes, chamando pelo nome da ovelha perdida: “Branquinha! Branquinha, onde você está?”. O vento soprava forte, levando sua voz para longe, mas Elias não desistia. Ele continuava chamando, com a esperança de que sua ovelha ouvisse e respondesse.

Depois de horas de busca exaustiva, quando a esperança começava a diminuir, Elias ouviu um som fraco e abafado. Era um balido! Um balido desesperado vindo de um lugar distante.

Com o coração palpitando de alegria, Elias correu na direção do som. Ele subiu uma colina rochosa e, lá no fundo de um pequeno buraco, encontrou Branquinha. Ela estava assustada, tremendo de frio e com a lã suja de terra. Ela havia escorregado e caído no buraco, e não conseguia sair sozinha.

Elias desceu cuidadosamente até Branquinha e a pegou em seus braços. Ela estava tão frágil e assustada que se agarrou a ele com todas as suas forças. Elias a abraçou com carinho, sentindo o alívio inundá-lo. Ele estava tão feliz por tê-la encontrado!

Com Branquinha em seus braços, Elias começou a jornada de volta para casa. Ele caminhou com cuidado, protegendo-a do frio e dos perigos da noite. A ovelhinha se aconchegou em seus braços, sentindo-se segura e amada.

Quando finalmente chegaram ao curral, as outras noventa e nove ovelhas baliram em saudação. Os cães pastores latiram alegremente, e todos estavam felizes por ver Elias e Branquinha voltarem em segurança.

Elias colocou Branquinha no chão, e ela correu para se juntar ao resto do rebanho. Elias, radiante de alegria, reuniu todas as suas ovelhas e as conduziu para dentro do curral, onde poderiam descansar e dormir em paz.

Naquela noite, Elias não conseguiu dormir imediatamente. Ele estava tão feliz por ter encontrado sua ovelha perdida que seu coração transbordava de gratidão. Ele sabia que cada uma de suas ovelhas era valiosa e importante, e que ele faria qualquer coisa para protegê-las.

Elias sorriu ao pensar em como se sentiu quando encontrou Branquinha. Ele sabia que o amor e a alegria que ele sentiu eram uma pequena amostra do amor que Deus sente por cada um de nós. Assim como Elias se preocupou com a ovelha perdida e não descansou até encontrá-la, Deus também se preocupa com cada um de nós e nos busca quando nos perdemos.

E essa é a parábola da ovelha perdida. Uma história sobre amor, cuidado, perseverança e a alegria de encontrar o que estava perdido. Uma história que nos lembra que somos todos amados e valorizados, e que nunca estamos verdadeiramente sozinhos. E que, assim como Elias amava suas ovelhas, Deus nos ama incondicionalmente, e sempre nos recebe de braços abertos quando voltamos para Ele. E ao amanhecer do dia seguinte, Elias guiou seu rebanho, agora completo, para um novo dia de paz e alegria, sabendo que o amor sempre encontra o caminho de volta.