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A Raposa e a Cegonha

Historinha A Raposa e a Cegonha

Era uma vez, em uma floresta verdejante, uma raposa chamada Fifi e uma cegonha chamada Celeste. Fifi era conhecida por sua esperteza e pelo rabo felpudo cor de fogo, enquanto Celeste era admirada por sua elegância e pelo longo bico alaranjado.

Fifi adorava pregar peças e se divertir, mas às vezes se esquecia de como suas ações afetavam os outros. Celeste, por outro lado, era gentil, atenciosa e sempre se preocupava com o bem-estar de todos na floresta.

Um dia ensolarado, Fifi decidiu convidar Celeste para um banquete em sua toca. Celeste, feliz com o convite, aceitou prontamente. Ela gostava da companhia de Fifi, apesar de suas travessuras ocasionais.

Quando Celeste chegou à toca de Fifi, encontrou a mesa posta com um delicioso aroma. Havia sopa de cogumelos, torta de amoras e suco de maçã fresquinho. No entanto, ao olhar mais atentamente, Celeste percebeu que a sopa estava servida em pratos rasos.

Fifi, radiante, começou a lamber sua sopa com facilidade, aproveitando cada gota. Celeste, com seu longo bico, tentava inutilmente pegar a sopa do prato raso. Quanto mais tentava, mais a sopa se espalhava, sujando suas belas penas brancas.

Fifi, vendo a dificuldade de Celeste, soltou uma risadinha. “Oh, Celeste, você não consegue comer sopa como eu? Que desajeitada!”, disse Fifi, com um tom zombeteiro na voz.

Celeste, sentindo-se humilhada, apenas sorriu gentilmente e tentou mais uma vez. Mas era impossível. Ela estava faminta, mas não conseguia aproveitar o banquete.

Depois de um tempo, Celeste disse: “Fifi, a comida está deliciosa, mas acho que não estou me sentindo muito bem. Preciso ir para casa descansar.”

Fifi, sem se importar muito, respondeu: “Tudo bem, Celeste. Melhore!” E continuou a se banquetear com a deliciosa comida, sem se importar com o constrangimento que havia causado à sua amiga.

Celeste voltou para sua casa, sentindo-se triste e desapontada. Ela percebeu que Fifi não havia pensado em suas necessidades e que só havia preparado a refeição pensando em si mesma.

Alguns dias depois, Celeste decidiu retribuir o convite e convidou Fifi para um banquete em sua casa, no alto de uma árvore. Fifi, curiosa e faminta, aceitou o convite com entusiasmo.

Quando Fifi chegou à casa de Celeste, encontrou a mesa posta com iguarias ainda mais apetitosas: salada de frutas silvestres, peixe assado e bolo de mel. No entanto, desta vez, a comida estava servida em jarras altas e estreitas.

Celeste, com seu longo bico, alcançava facilmente o fundo das jarras e se alimentava com prazer. Fifi, com seu focinho curto e largo, tentava em vão alcançar a comida. Ela lambia as bordas das jarras, mas não conseguia saborear o delicioso banquete.

Celeste, vendo a dificuldade de Fifi, manteve uma expressão neutra, sem zombar ou rir. Ela continuou a comer com elegância, observando Fifi se esforçar.

Depois de um tempo, Fifi, frustrada e faminta, disse: “Celeste, não consigo comer nessas jarras! É impossível para mim!”

Celeste, então, parou de comer e olhou para Fifi com um olhar compreensivo. “Fifi, agora você entende como me senti em sua casa? Quando você serviu a sopa em pratos rasos, eu não conseguia comer com meu longo bico. Você não pensou em como seria para mim. Agora você está sentindo o mesmo.”

Fifi ficou envergonhada e percebeu o erro que havia cometido. Ela se sentiu culpada por ter zombado de Celeste e por não ter sido atenciosa com suas necessidades.

“Celeste, me desculpe! Eu não pensei em como seria para você. Eu fui egoísta e insensível. Eu nunca mais farei isso!”, disse Fifi, com sinceridade.

Celeste sorriu gentilmente e disse: “Fifi, eu sei que você não fez por mal. O importante é que você aprendeu a lição. A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender seus sentimentos e necessidades. É importante pensar nos outros antes de agir, para não causar dor ou constrangimento.”

Celeste, então, pegou alguns pratos rasos e transferiu parte da comida das jarras para os pratos. “Aqui, Fifi, agora você pode comer confortavelmente.”

Fifi, aliviada e agradecida, começou a comer com apetite. Ela saboreou cada bocado da deliciosa comida e agradeceu a Celeste por sua gentileza e compreensão.

A partir daquele dia, Fifi e Celeste se tornaram amigas ainda mais próximas. Fifi aprendeu a importância da empatia e sempre se esforçava para pensar nos outros antes de agir. Ela se tornou uma raposa mais atenciosa e gentil, e a floresta se tornou um lugar ainda mais harmonioso e feliz.

E assim, a raposa e a cegonha viveram felizes para sempre, aprendendo e crescendo juntas, em uma linda história de amizade, empatia e aprendizado.

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historinha

Criador de historia infantil, adoro criar historinhas e também sou uma amante da literatura.

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