
Era uma vez, em uma floresta coberta de branco, uma linda raposinha chamada Lila. Ela era pequena e de pelagem cor de laranja, com olhos brilhantes que pareciam refletir a luz da lua. Mas, apesar de sua beleza, Lila se sentia solitária. Os outros animais da floresta estavam sempre muito ocupados. As corujas voavam em busca de comida, os esquilos se apressavam em guardar nozes, e até os pássaros estavam planejando suas viagens para o sul.
Quando o inverno chegou e a neve cobriu a floresta, Lila decidiu que era hora de criar algo especial. Com as patas delicadas, ela juntou a neve fofa de um canto do bosque e começou a moldar um boneco de neve. Ela fez uma grande bola para o corpo, uma média para a cabeça e uma pequena para o chapéu. Usando gravetos que encontrou espalhados pelo chão, formou os braços e, com algumas pedrinhas brilhantes, fez os olhos e o nariz. Para terminar, Lila pegou uma velha cachecol que sua avó usava quando era jovem e o colocou ao redor do pescoço do boneco.
“Olá, Senhor Neve!” disse Lila, dando um nome ao seu novo amigo. “Você agora é meu companheiro!” Ela dançou e brincou em volta dele, sentindo-se feliz como nunca.
Naquela noite, Lila foi dormir com um sorriso no rosto, sonhando com a aventura que teriam juntos. No entanto, ao amanhecer, quando a luz do sol começou a despontar no horizonte, Lila correu para fora de sua toca, ansiosa para ver seu novo amigo. Mas, para seu desespero, o boneco de neve havia desaparecido!
Ela olhou para todos os lados, mas não havia sinal do Senhor Neve. Com o coração partido, Lila decidiu que não podia ficar parada. Ela tinha que encontrar seu amigo, custasse o que custasse. Então, a raposinha partiu pela floresta coberta de neve, perguntando a todos os animais que encontrava.
“Você viu meu boneco de neve?” perguntou ela ao esquilo que pulava de árvore em árvore.
“Boneco de neve? Nunca vi nada parecido!”, respondeu o esquilo, balançando a cabeça.
Lila seguiu em frente, avistando uma lebre que estava se aquecendo ao sol. “Olá, você por acaso viu um boneco de neve por aqui?”
A lebre, com seus grandes olhos curiosos, disse: “Só vi direito aqui, mas posso te ajudar a procurar!”.
Com uma nova amiga ao seu lado, Lila se sentiu mais esperançosa. Elas continuaram a explorar a floresta, perguntando a todos os animais que encontraram. Passaram pelo lago congelado, onde patos nadavam, e pelo campo onde as flores estavam adormecidas sob a neve.
Após horas de busca, começaram a se sentir cansadas, mas não desistiram. Lila e a lebre decidiram descansar em uma pequena clareira. Enquanto descansavam, conversaram sobre suas vidas. A lebre contou sobre suas corridas rápidas, e Lila falou sobre seu desejo de ter amigos.
“Às vezes, o que queremos não aparece imediatamente,” disse a lebre, olhando para o céu. “Às vezes, temos que procurar e, durante a jornada, encontramos coisas ainda mais valiosas.”
Nesse instante, algo no canto da clareira chamou a atenção de Lila. Algo brilhava entre as árvores. Elas se aproximaram e, para sua surpresa, encontraram um grupo de crianças brincando na neve. Elas estavam construindo bonecos de neve ligeiramente diferentes, com sorrisos e chapéus coloridos.
“Oi! Vocês viram um boneco de neve que tinha um cachecol vermelho?” Lila perguntou, esperançosa.
Uma das crianças sorriu e respondeu: “Ah, você quer dizer seu amigo! Nós vimos ele! Ele estava tão feliz brincando conosco. Desculpe nos adesivar, mas ele estava se divertindo e nós não pudemos resistir.”
Lila sentiu um misto de emoções: triste porque seu amigo não estava com ela e feliz porque ele estava se divertindo. Depois de ver as crianças rindo e brincando, Lila teve uma ideia. Em vez de ficar triste, ela pediu: “Posso me juntar a vocês? Eu também quero brincar!”
As crianças assentiram com entusiasmo e logo Lila e a lebre foram envolvidas na diversão. Elas ajudaram a fazer mais bonecos de neve, traziam folhas e gravetos para decorá-los. O dia passou voando, e Lila percebeu que, mesmo sem o Senhor Neve ao seu lado, ela havia encontrado algo ainda mais precioso: a amizade.
Quando a noite caiu, as crianças se despediram e Lila foi para casa com a lebre ao seu lado. Olhando para as estrelas brilhantes no céu, Lila percebeu que a amizade verdadeira era como a neve que cobre a floresta: leve, mágica e sempre presente, mesmo quando não se vê.
Assim, Lila aprendeu que, independente de onde estivesse, a magia da amizade poderia iluminar seus dias, e sempre haveria novas aventuras esperando por ela. E quem sabe, no próximo inverno, talvez o Senhor Neve apareça novamente para brilhar ao lado de Lila e suas novas amigas.
E assim, com o coração cheio de alegria, Lila voltou para sua toca, pronta para sonhar com novas histórias e amizades que poderiam surgir.




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