
Era uma vez, em um pequeno vilarejo chamado Arraial Alegre, onde as casinhas coloridas se abraçavam pelas ruas de terra batida, uma época do ano muito esperada por todos: a Festa de São João! Os preparativos começavam semanas antes, com a criançada ajudando a enfeitar o arraial com bandeirinhas de papel crepom, balões coloridos e espantalhos simpáticos, que sorriam de braços abertos para quem passasse.
No coração do Arraial Alegre, viviam dois amigos inseparáveis: Juca, um menino curioso e cheio de energia, e Maria, uma menina doce e criativa, que adorava inventar brincadeiras e histórias. Juca e Maria eram os mais animados com a chegada da Festa de São João, pois sabiam que ela traria muita alegria, música e comidas deliciosas!
Este ano, a Festa de São João seria ainda mais especial, pois o Arraial Alegre completava 100 anos de tradição! Dona Benta, a avó de Maria e a cozinheira mais famosa do vilarejo, prometeu preparar um bolo de milho gigante, com direito a uma vela enorme no topo para todos cantarem parabéns.
Os dias que antecederam a festa foram de pura agitação e expectativa. Juca ajudava seu pai, Seu Zé, a construir a fogueira, empilhando lenha e gravetos com cuidado para que ela ficasse bem alta e brilhante. Maria, por sua vez, passava horas com Dona Benta na cozinha, aprendendo os segredos das receitas juninas: o pé de moleque crocante, a canjica cremosa, o quentão quentinho e o arroz doce com canela, que perfumava todo o arraial.
Finalmente, chegou o grande dia! O sol brilhava forte no céu azul e uma brisa suave soprava, agitando as bandeirinhas e espalhando o cheiro delicioso das comidas juninas. Juca e Maria acordaram cedo, vestiram suas roupas caipiras – Juca com um chapéu de palha e camisa xadrez, e Maria com um vestido florido e tranças enfeitadas com fitas coloridas – e correram para o centro do arraial.
Lá, a festa já estava a todo vapor! As barraquinhas coloridas ofereciam jogos e brincadeiras para todos os gostos: a pescaria, onde as crianças tentavam fisgar peixinhos de papel com brindes escondidos; o jogo das argolas, onde era preciso acertar as garrafas para ganhar um prêmio; e a boca do palhaço, onde a pontaria era fundamental para acertar a boca do boneco e garantir a diversão.
Juca e Maria se divertiram a valer, participando de todas as brincadeiras e ganhando muitos brindes. Eles pescaram peixinhos, acertaram argolas e deram boas risadas na boca do palhaço. A alegria era contagiante e tomava conta de todos no arraial.
No meio da tarde, a música começou a tocar! Seu João, o sanfoneiro mais talentoso da região, animava a festa com seus acordes alegres e contagiantes. As pessoas formaram uma grande roda e começaram a dançar a quadrilha, seguindo os comandos do marcador com entusiasmo e descontração. Juca e Maria também entraram na dança, acompanhados por seus pais e amigos, e se divertiram com os passos engraçados e os casais trocados.
Quando a noite começou a cair, o momento mais esperado chegou: a hora de acender a fogueira! Seu Zé, com a ajuda de Juca e de outros moradores do arraial, ateou fogo na lenha, e as chamas logo se ergueram em direção ao céu, iluminando todo o Arraial Alegre. As pessoas se reuniram ao redor da fogueira, aquecendo-se com o calor das chamas e admirando a beleza do espetáculo.
Em seguida, Dona Benta trouxe o bolo de milho gigante, enfeitado com uma vela enorme e colorida. Todos cantaram parabéns para o Arraial Alegre, comemorando seus 100 anos de tradição e alegria. Juca e Maria ajudaram a distribuir o bolo para todos os presentes, que saborearam a delícia com sorrisos de satisfação.
A festa continuou animada até altas horas da noite, com muita música, dança e alegria. Juca e Maria brincaram de pular a fogueira, cuidando para não se machucarem, e se deliciaram com as comidas juninas preparadas com tanto carinho por Dona Benta.
No final da festa, já cansados, mas felizes, Juca e Maria se despediram de seus amigos e voltaram para suas casas, com o coração cheio de alegria e gratidão. Eles sabiam que a Festa de São João do Arraial Alegre era a melhor do mundo, pois reunia pessoas queridas, celebrava a tradição e espalhava alegria por todo o vilarejo. E, com a certeza de que no ano seguinte teriam mais uma festa incrível, eles adormeceram sonhando com bandeirinhas coloridas, fogueiras brilhantes e muitas outras aventuras juninas!