
Era uma vez, em um reino ensolarado chamado Alegria, um valente menino chamado João. João não era um príncipe, nem um cavaleiro, mas possuía uma coragem maior que qualquer montanha e um coração tão brilhante quanto o sol da manhã. Mas o que realmente fazia João especial era sua espada. Não era uma espada de aço comum, não, a espada de João era azul, um azul cintilante como o céu em um dia de festa, e dizia-se que possuía a magia da alegria.
João vivia em uma pequena cabana com sua avó, uma senhora gentil com cabelos cor de neve e olhos que contavam histórias de terras distantes. A avó de João sempre dizia que a Espada Azul não era apenas uma arma, mas um lembrete constante de que a alegria, a bondade e a coragem eram as maiores forças do mundo.
Um dia, um mensageiro real chegou à cabana de João, ofegante e coberto de poeira. Ele trazia notícias tristes: o Reino Alegria havia perdido sua alegria! O Rei Risonho, conhecido por sua gargalhada contagiante, não conseguia mais sorrir. As flores haviam perdido suas cores, os pássaros não cantavam e até o rio Gargalhada, que sempre borbulhava de alegria, estava triste e silencioso.
O mensageiro explicou que a tristeza havia sido causada pelo terrível Bruxo Rabugento, que vivia na Montanha Carrancuda. O bruxo odiava a alegria e havia roubado a felicidade do reino com sua magia sombria. O Rei Risonho havia oferecido uma grande recompensa para quem pudesse trazer a alegria de volta ao reino.
João, com seu coração cheio de coragem, não hesitou. Ele sabia que tinha que ajudar. Abraçou sua avó, pegou sua Espada Azul e partiu em direção à Montanha Carrancuda.
A jornada foi longa e cheia de desafios. João atravessou florestas escuras onde as árvores sussurravam segredos assustadores e rios turbulentos onde as pedras escorregadias tentavam derrubá-lo. Mas João nunca desistiu. Sempre que se sentia cansado ou com medo, ele olhava para sua Espada Azul e lembrava-se da alegria que precisava trazer de volta ao Reino Alegria.
No caminho, João encontrou diversos personagens peculiares. Primeiro, encontrou um esquilo chorão chamado Chico, que havia perdido suas nozes favoritas. João, com um sorriso gentil, ajudou Chico a procurar suas nozes, e a alegria voltou ao rosto do esquilo. Em seguida, encontrou uma flor murcha chamada Margarida, que estava triste porque não conseguia mais brilhar. João tocou Margarida com sua Espada Azul, e a flor floresceu, brilhando com cores vibrantes.
A cada ato de bondade, a Espada Azul de João brilhava mais intensamente, e a alegria parecia segui-lo.
Finalmente, João chegou à Montanha Carrancuda. Era um lugar sombrio e desolado, onde a tristeza parecia pairar no ar. No topo da montanha, ele viu o castelo do Bruxo Rabugento, uma fortaleza escura e ameaçadora.
Com a Espada Azul em punho, João entrou no castelo. O lugar estava cheio de teias de aranha, poeira e um cheiro forte de desânimo. João avançou com coragem, desviando de armadilhas e ignorando os gemidos fantasmas que ecoavam pelos corredores.
Finalmente, chegou à sala do trono do Bruxo Rabugento. Lá estava ele, um homem rabugento com uma barba longa e cinzenta e um olhar amargo. Em suas mãos, ele segurava uma esfera escura que brilhava com tristeza.
“Quem ousa perturbar minha tristeza?” rosnou o Bruxo Rabugento.
“Eu sou João, e vim para trazer a alegria de volta ao Reino Alegria!” respondeu João, erguendo sua Espada Azul.
O Bruxo Rabugento soltou uma gargalhada sarcástica. “Você? Um simples menino? Não pode me vencer. Eu sou o mestre da tristeza!”
E com um gesto de sua mão, o Bruxo Rabugento lançou um feitiço de tristeza em João. Mas a Espada Azul brilhou intensamente, protegendo João da magia sombria.
João então lembrou das palavras de sua avó, sobre o poder da alegria, da bondade e da coragem. Concentrando toda sua energia positiva, João apontou sua Espada Azul para a esfera escura do Bruxo Rabugento.
Um raio de luz azul pura saiu da espada, atingindo a esfera escura. A esfera estremeceu, rachou e explodiu em uma nuvem de glitter multicolorido. A alegria, que havia sido roubada do Reino Alegria, foi liberada!
O Bruxo Rabugento gritou de frustração quando a alegria começou a envolvê-lo. O ódio e a amargura em seu coração começaram a se dissipar, e, pela primeira vez em muitos anos, o Bruxo Rabugento sentiu um sorriso surgir em seu rosto.
Com a alegria restaurada, a Montanha Carrancuda começou a florescer. Flores brotaram por toda parte, os pássaros começaram a cantar e até o sol brilhou mais intensamente.
João retornou ao Reino Alegria como um herói. O Rei Risonho, com um grande sorriso no rosto, o recebeu de braços abertos. O rei recompensou João com honras e presentes, mas o que João mais queria era a alegria do seu povo.
A partir daquele dia, João continuou a usar sua Espada Azul para espalhar alegria e bondade por todo o reino. Ele se tornou um símbolo de esperança e coragem, lembrando a todos que a alegria é a maior força que existe. E assim, João, o valente menino com a Espada Azul, viveu feliz para sempre, trazendo alegria para o Reino Alegria e para todos que encontrava em seu caminho.