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Joãozinho e o Valentão

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Era uma manhã ensolarada quando Joãozinho, um menino de 8 anos, caminhava para a escola com sua mochila azul nas costas. Ele gostava das aulas, especialmente de ciências, onde aprendia coisas incríveis sobre o mundo. No entanto, ultimamente, algo estava tirando a alegria de seus dias: o Valentão da escola, um garoto chamado Pedro.

Pedro era mais alto e forte que os outros meninos da classe. Ele tinha o costume de intimidar os colegas, principalmente Joãozinho, que era mais quieto e preferia passar o recreio lendo livros em vez de jogar futebol no pátio. Joãozinho tentava ignorar Pedro, mas todos os dias o menino o provocava, puxava sua mochila e zombava de seus óculos. Joãozinho se sentia cada vez mais triste e sem saber o que fazer.

Certa manhã, enquanto Joãozinho guardava seus materiais no armário, Pedro apareceu com seu típico sorriso malicioso.

— Ei, Joãozinho, já aprendeu a voar com esses seus óculos? — perguntou Pedro, puxando os óculos do rosto de Joãozinho e segurando-os no alto.

— Devolve, Pedro — pediu Joãozinho, com a voz baixa, sem conseguir encarar o valentão.

— Por que você não pega, então? Ah, claro, você não consegue — disse Pedro, jogando os óculos no chão.

Joãozinho abaixou-se rapidamente para pegar seus óculos, mas antes que pudesse, Pedro deu um chute neles, fazendo-os deslizar pelo corredor. Algumas crianças riram da cena, mas outras apenas observavam, sem saber o que fazer.

Naquela noite, Joãozinho foi para casa sentindo-se mais triste do que nunca. Ele não queria contar para sua mãe, pois achava que deveria resolver o problema sozinho. Mas, depois do jantar, sua mãe percebeu que algo estava errado.

— O que aconteceu, meu filho? Você parece tão triste — perguntou ela, com um tom carinhoso.

Joãozinho, com lágrimas nos olhos, contou tudo o que estava acontecendo na escola. Para sua surpresa, sua mãe não ficou brava nem mandou ele “resolver sozinho”. Ela o abraçou e disse:

— Joãozinho, não é sua culpa. Ninguém merece ser tratado dessa forma. Amanhã vamos conversar com a diretora, e você verá que não está sozinho nessa.

No dia seguinte, Joãozinho e sua mãe foram à escola e conversaram com a diretora. A diretora foi compreensiva e prometeu tomar medidas para lidar com o comportamento de Pedro. Ela organizou uma reunião com os pais de Pedro e sugeriu que o menino participasse de algumas sessões com o conselheiro da escola.

Nos dias que se seguiram, Joãozinho notou uma diferença no comportamento de Pedro. Embora ele ainda fosse o garoto mais alto e forte da classe, não parecia mais tão interessado em importunar os outros. Joãozinho ainda se sentia um pouco inseguro, mas algo dentro dele começou a mudar. Ele percebeu que não precisava enfrentar essa situação sozinho.

Algumas semanas depois, durante o recreio, Pedro se aproximou de Joãozinho. O coração de Joãozinho acelerou, achando que seria mais uma vez alvo de provocações. Mas, para sua surpresa, Pedro estendeu a mão.

— Me desculpa, Joãozinho. Eu sei que fiz coisas ruins e… eu tô tentando melhorar — disse Pedro, sem o sorriso malicioso de antes.

Joãozinho hesitou por um momento, mas depois apertou a mão de Pedro. Ele não sabia se poderia confiar nele completamente, mas decidiu dar uma chance. Naquele momento, entendeu que as pessoas podem mudar, desde que recebam a ajuda necessária.

O tempo passou, e Joãozinho voltou a se sentir bem na escola. Pedro, embora não se tornasse seu melhor amigo, parou de ser um problema. Joãozinho aprendeu uma lição importante: falar sobre o que sentia e buscar ajuda era o primeiro passo para resolver qualquer dificuldade. E, mais importante, ele entendeu que ninguém deveria enfrentar o bullying sozinho.

O apoio da família, da escola e até mesmo do próprio Pedro, que decidiu mudar, fez toda a diferença.

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historinha

Criador de historia infantil, adoro criar historinhas e também sou uma amante da literatura.

3 Comentários

  1. Achei muito interessante a história, nos trás uma reflexão importante pra crianças que talvez passe por isso ou algo similar, e tbm abre a mente dos pais para saber perceber algo que não está normal no filho(a)…
    Minha filha está viciada nessa história, dorme muito rápido quando leio pra ela , ela tem 6 anos , e sabe exatamente o que fazer quando coisas desse tipo acontecer na escola ou em outro lugar…

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