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O Parque das Aves

Historinha O Parque das Aves

Era uma vez, em uma terra distante e ensolarada, um lugar mágico chamado Parque das Aves. Lá, entre árvores centenárias, cachoeiras cristalinas e flores de todas as cores, viviam aves de todas as espécies e tamanhos. Araras vibrantes, tucanos curiosos, colibris delicados, flamingos elegantes, corujas sábias e muitos outros, cada um com sua beleza e singularidade.

No coração do parque, em uma árvore imponente chamada Grande Sábia, vivia uma coruja chamada Olívia. Olívia era a guardiã do parque, responsável por manter a ordem, proteger as aves e garantir que todos vivessem em harmonia. Ela era uma coruja experiente e inteligente, com olhos penetrantes que viam além das aparências e um coração bondoso que amava todas as aves.

Um dia, um filhote de arara azul chamado Azulzinho se perdeu de seus pais. Ele era um filhote curioso e aventureiro, que adorava explorar o parque, mas, dessa vez, foi longe demais. Distraído com uma borboleta colorida, Azulzinho se afastou do bando e se viu sozinho em uma parte desconhecida do parque.

Assustado e faminto, Azulzinho começou a chorar. Seus gritos ecoaram pela floresta, chamando a atenção de Olívia, que voava em busca de alimento para seus próprios filhotes. Preocupada, Olívia seguiu o som até encontrar Azulzinho encolhido embaixo de uma samambaia gigante.

“Olá, pequeno”, disse Olívia com sua voz suave e reconfortante. “Por que você está chorando?”

Azulzinho levantou a cabeça e olhou para a coruja com seus olhos azuis marejados. “Eu me perdi da minha família”, ele soluçou. “Eu não sei para onde ir.”

Olívia sentiu compaixão pelo filhote perdido. “Não se preocupe, pequeno”, disse ela. “Eu vou te ajudar a encontrar seus pais. Qual é o seu nome?”

“Eu me chamo Azulzinho”, respondeu o filhote.

“Eu sou Olívia, a guardiã do parque”, disse a coruja. “Venha comigo, Azulzinho. Vamos procurar seus pais juntos.”

Olívia abriu suas asas grandes e convidou Azulzinho a subir em suas costas. O filhote hesitou por um momento, mas confiando na bondade da coruja, ele aceitou o convite. Juntos, eles voaram pelo parque, sobrevoando árvores e cachoeiras, procurando pelos pais de Azulzinho.

A busca não foi fácil. O Parque das Aves era um lugar vasto e cheio de recantos escondidos. Olívia e Azulzinho perguntaram a todas as aves que encontravam se haviam visto uma arara azul e seus pais, mas ninguém parecia ter notícias deles.

Azulzinho começou a perder a esperança. Ele estava cansado, com fome e com saudades de seus pais. Olívia, percebendo o desânimo do filhote, pousou em um galho e disse: “Não desista, Azulzinho. Seus pais estão te procurando também. Vamos continuar procurando. Eu prometo que vamos encontrá-los.”

Inspirado pelas palavras de Olívia, Azulzinho recuperou as energias e continuou a busca. Eles voaram por horas, até que, finalmente, ouviram um som familiar. Era o chamado das araras azuis, um grito alto e vibrante que ecoava pela floresta.

Azulzinho arregalou os olhos e gritou: “São meus pais! Eu os encontrei!”

Olívia voou em direção ao som, guiando Azulzinho até um grupo de araras azuis que estavam reunidas em uma clareira. Ao ver Azulzinho, os pais do filhote correram em sua direção, abraçando-o com suas asas e beijando-o com seus bicos.

Azulzinho estava radiante de felicidade. Ele agradeceu a Olívia por ter ajudado a encontrá-los e se despediu da coruja com um abraço apertado.

Olívia sorriu e voou para longe, sentindo-se satisfeita por ter cumprido sua missão. Ela havia ajudado um filhote perdido a se reunir com sua família e demonstrado que, mesmo aves tão diferentes como corujas e araras, podem se unir para ajudar uns aos outros.

De volta à Grande Sábia, Olívia encontrou seus próprios filhotes esperando por ela. Ela os abraçou com carinho e contou sobre sua aventura com Azulzinho. Seus filhotes ouviram atentamente, aprendendo sobre a importância da bondade, da compaixão e da coragem.

E assim, no Parque das Aves, a história de Olívia e Azulzinho se tornou uma lenda, lembrando a todas as aves que, mesmo nos momentos mais difíceis, sempre há esperança e que a amizade e a bondade podem superar qualquer obstáculo. E enquanto o sol se punha, pintando o céu com cores vibrantes, todas as aves do parque dormiam tranquilas, sabendo que estavam protegidas pela sábia e bondosa coruja, guardiã do Parque das Aves. E, principalmente, que a amizade pode surgir até nas mais diversas diferenças.

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historinha

Criador de historia infantil, adoro criar historinhas e também sou uma amante da literatura. Editor e fundador do Historia para dormir.

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