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Volta as Aulas

Historinha Volta as Aulas

Era o último domingo das férias de julho, e o sol brilhava preguiçosamente sobre a pequena cidade de Girassol. Na casa da família Flores, a pequena Bia, de sete anos, revirava-se na cama, com um misto de animação e apreensão borbulhando em seu coração. Amanhã seria o primeiro dia de aula do segundo ano, e, embora adorasse brincar e aproveitar o tempo livre, uma pontinha de saudade da escola já começava a cutucar sua memória.

Bia adorava a escola Girassol. Lá, ela tinha seus melhores amigos, a Lila, que desenhava como ninguém, e o Tom, que sempre contava as histórias mais engraçadas. Além disso, a professora Margarida, com seu sorriso doce e sua paciência infinita, transformava cada aula em uma aventura.

No entanto, a volta às aulas também trazia um frio na barriga. Será que ela se lembraria de tudo o que aprendeu no primeiro ano? Será que as contas de somar ainda faziam sentido? E se ela não conseguisse acompanhar a turma?

Com esses pensamentos rondando sua mente, Bia pulou da cama e foi tomar café da manhã. Sua mãe, Dona Rosa, percebeu a inquietação da filha e a abraçou com carinho. “Está tudo bem, meu amor?”, perguntou.

Bia suspirou. “Estou um pouco nervosa com a volta às aulas, mamãe. Tenho medo de não conseguir acompanhar a turma.”

Dona Rosa sorriu. “Bobagem, Bia. Você é uma menina inteligente e esforçada. Tenho certeza de que vai se dar muito bem. E lembre-se: a escola não é só para aprender coisas novas, mas também para rever os amigos, brincar e se divertir.”

As palavras da mãe acalmaram um pouco o coração de Bia, mas a apreensão ainda persistia. Depois do café, ela resolveu organizar seu material escolar. Abriu sua mochila nova, com estampa de borboletas, e começou a colocar seus cadernos, livros, lápis de cor e canetas. Ao pegar seu estojo, ela se lembrou de um presente especial que sua avó havia lhe dado nas férias: um lápis mágico.

A avó de Bia, Dona Lavínia, era uma senhora muito sábia e misteriosa. Ela sempre dizia que o lápis mágico tinha o poder de transformar qualquer dificuldade em aprendizado. “Basta acreditar em si mesma e usar o lápis com amor”, dizia a avó.

Bia pegou o lápis mágico e o examinou com atenção. Ele era feito de madeira escura e tinha uma ponta de grafite brilhante. Ao segurá-lo em suas mãos, ela sentiu uma energia suave percorrendo seu corpo.

Naquela noite, Bia teve um sonho estranho. Ela se via em uma floresta escura e assustadora, cheia de árvores retorcidas e animais selvagens. De repente, ela se deparou com um rio caudaloso, que a impedia de prosseguir.

Desesperada, Bia se lembrou do lápis mágico. Ela o pegou em suas mãos e começou a desenhar uma ponte sobre o rio. A cada traço, a ponte se tornava mais forte e resistente. Em pouco tempo, Bia conseguiu atravessar o rio em segurança.

Ao acordar, Bia se sentiu mais confiante e preparada para enfrentar o primeiro dia de aula. Ela sabia que, com o lápis mágico e sua própria determinação, seria capaz de superar qualquer obstáculo.

Na manhã seguinte, Bia acordou radiante. Vestiu seu uniforme novo, tomou um café da manhã reforçado e foi para a escola com um sorriso no rosto. Ao chegar, encontrou seus amigos Lila e Tom, que a receberam com um abraço caloroso.

Na sala de aula, a professora Margarida deu as boas-vindas aos alunos e apresentou as novidades do segundo ano. Bia prestou atenção em tudo e, para sua surpresa, percebeu que se lembrava da maior parte do que havia aprendido no primeiro ano.

Quando a professora propôs uma atividade de matemática, Bia sentiu um frio na barriga. Mas, ao pegar seu lápis mágico, ela se lembrou do sonho da floresta e da ponte que havia desenhado. Com confiança, ela começou a resolver as contas e, para sua alegria, acertou todas.

Ao longo do dia, Bia se dedicou a todas as atividades com entusiasmo e determinação. Ela fez novas amizades, aprendeu coisas novas e se divertiu muito. Ao final da aula, ela se sentiu feliz e realizada.

Na saída da escola, Bia encontrou sua mãe, que a esperava com um sorriso orgulhoso. “E aí, como foi o primeiro dia de aula?”, perguntou Dona Rosa.

Bia sorriu radiante. “Foi maravilhoso, mamãe! Eu me lembrei de tudo o que aprendi no primeiro ano e fiz novas amizades. E o lápis mágico da vovó me ajudou a superar todas as dificuldades.”

Dona Rosa abraçou a filha com carinho. “Eu sabia que você ia se dar muito bem, meu amor. Você é uma menina especial e tem um futuro brilhante pela frente.”

E assim, Bia começou o segundo ano com o pé direito, cheia de confiança e entusiasmo. Ela sabia que a escola era um lugar mágico, onde podia aprender, crescer e se divertir. E com a ajuda de seus amigos, de sua professora e de seu lápis mágico, ela estava pronta para enfrentar qualquer desafio.

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historinha

Criador de historia infantil, adoro criar historinhas e também sou uma amante da literatura.

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