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Léo, a Preguiça que Queria Correr

Historinha Léo, a Preguiça que Queria Correr

No alto das árvores de uma floresta tropical, vivia Léo, uma preguiça muito fofinha de pelos dourados e olhar sonolento. Ele adorava descansar nos galhos e sentir a brisa suave das manhãs. Mas, no fundo do seu coração, ele tinha um sonho inusitado: queria correr como os outros animais da floresta.

— Você? Correr? — riu a Arara Azul, batendo suas asas. — Preguiças são feitas para se mover devagar!

— Isso mesmo! — concordou o Macaco, balançando-se de galho em galho. — Você deveria aproveitar a vida no seu ritmo!

Mas Léo não desistia da ideia. Ele via os cervos saltando entre as árvores, as jaguatiricas deslizando pela mata, até mesmo os pequenos esquilos correndo de um lado para o outro. Ele queria sentir o vento no rosto, queria sentir a emoção da velocidade.

Certa manhã, ele decidiu que ia tentar. Desceu da árvore — o que demorou quase meia hora — e colocou suas patas no chão. Inspirou fundo e se preparou para correr.

Mas suas patas não eram fortes o bastante. Seus movimentos eram lentos. Ele deu alguns passos e… tropeçou em uma pedra! Caiu devagarzinho e ficou de barriga para cima, olhando para o céu.

— Acho que correr não é para mim… — suspirou.

Foi quando Dona Tartaruga apareceu.

— O que faz aí no chão, Léo? — perguntou ela, com sua voz calma.

— Eu queria correr, mas sou muito devagar…

Dona Tartaruga sorriu.

— Eu também sou devagar. Mas um dia, corri contra uma lebre e venci!

Léo arregalou os olhos.

— Mas como?

— Com paciência, perseverança e seguindo no meu próprio ritmo. Nem sempre precisamos ser rápidos para chegar ao nosso destino.

Léo ficou pensativo. Talvez não precisasse correr como os outros para ser feliz. Ele percebeu que, ao se mover devagar, podia notar detalhes que ninguém mais via: a beleza das folhas balançando, os pequenos insetos brilhando sob a luz do sol, o som da floresta em perfeita harmonia.

Então, Léo subiu novamente na árvore e decidiu aproveitar cada momento do seu jeito. Ele nunca mais quis correr, mas sempre que olhava para a floresta, sabia que tinha algo muito especial: tempo para apreciar o mundo ao seu redor.

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Criador de historia infantil, adoro criar historinhas e também sou uma amante da literatura.

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